sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Música


A MÚSICA NA SOCIEDADE ATUAL
OBJETIVO:
Esse trabalho tem como objetivo falar sobre a música de um modo mais critico e verdadeiro. Alertar as pessoas sobre a maneira que a música está sendo usada hoje em dia, e por consequência, falar o que eu penso sobre o assunto.

ABSTRACT:
A música é a forma de arte que se constitui basicamente em combinar sons e silêncio, seguindo uma pré-organização ao longo do tempo. É considerada por diversos autores como uma prática humana e cultural. Não se conhece nenhuma civilização ou agrupamento que não possua manifestações musicais próprias. Há evidências de que a música é conhecida e praticada desde a pré história, provavelmente a observação dos sons da natureza tenha despertado no homem, através do sentido auditivo, a necessidade ou vontade de uma atividade que se baseasse na organização de sons.
Music is the art form that largely consists of combining sounds and silence, following a pre-organization over time. It is considered by many authors as a human and cultural practice. There is no known civilization or group that does not have its own musical manifestations. There is evidence that music is known and practiced since prehistoric times, probably the observation of nature sounds have awakened in man, through the auditory sense, the need or desire for an activity that relies on the organization of sounds.

PALAVRAS CHAVE:
Música, mídia, sertanejo, funk, rock, sociedade, desrespeito, cultura.

COMO A MÍDIA INFLUENCIA A MÚSICA:
     Pressuponho que, qualquer indivíduo que ler esse texto, já teve o desprazer de ter escutado, ou até mesmo ouvido falar nesses refrães: “ Agora fiquei doce igual caramelo, to tirando onda de camaro amarelo” ou esse: “ Eu quero tchu, eu quero tcha “.
     O primeiro refrão, além de ser um belo merchandising à marca e ao fabricante do veículo, é de uma falta de criatividade inexplicável. Já o segundo, contém uma musicalidade tenebrosa, e em relação a letra, não encontra palavras para explicar tamanho repúdio.
     Mas, como músicas com tamanha mediocridade podem tornarem-se tão populares, alcançando crianças à adultos?
     Fácil de responder essa pergunta. Isso acontece pelo simples fato dessas “modinhas” terem uma forte aliada para popularizá-las: A mídia.
     Seguidas repetições desses versos, tornam fácil a assimilação e fazem o público alvo    (que é imenso – pois grande parte da população não tem cultura ) cantar junto. Tais refrães são fáceis de memorizar e não saem da cabeça.
     Tudo isso tem um objetivo, envolve dinheiro e nada aparece em jornais, programas de televisão e rádio, revistas em vão, absolutamente tudo tem um propósito. Contratos milionários com gravadoras, vendas de CD´s, aparições em programas televisivos, dão IBOPE, colocam a audiência lá em cima, e com isso, o retorno financeiro é gigantesco.
     Depois que a música sai de moda ( pois música boa não sai de moda ) se cria outras “modinhas” como essas, tornando isso tudo um ciclo vicioso, deixando o público cada vez mais ignorante e sem cultura.
     Nada contra a música sertaneja. Gosto de sertanejo de raiz  como: Milionário e José Rico, Tonico e Tinoco, do tempo em que se acordava cedo, se tocava com o canto dos sábias, quando se fazia serenatas com modas de violas para moças apaixonadas e com bom gosto.
     Com o tempo a música foi perdendo seu valor, tendo como objetivo moda ou fama, e não com amor por essa arte. Sempre digo que nasci no lugar errado, e na época errada. Queria ter presenciado no auge: B.B King, Jimmy Hendrix, Elvis Presley, The Beatles, Rolling Stones, Led Zeppelin, ACDC, Michael Jackson, Guns N´ Roses, Cazuza, Renato Russo.
     Nem tudo está perdido, temos fácil acesso a tudo isso na Internet, mas também, temos músicas boas hoje em dia, feitas por bandas competentes e com talento. Cito uma do meio meio Gospel: Oficina G3. Sempre há tempo para evolução, com certeza.

COMO A MÚSICA INFLUENCIA A SOCIEDADE:
     Uma pessoa do sexo feminino, próxima a mim e muito íntima, tem sérios problemas de falta de personalidade.Tem dificuldades de se expressar, e acha que tem que viver conforme a sociedade vive.É influenciada por moda, principalmente no modo se vestir, falar e agir. Você pode estar se perguntando onde quero chegar com isso? Irá entender no decorrer do texto.
     Da metade para o fim da década passada, surgi e passa a ter fama no Brasil, uma banda afluente do Rock (Happy Rock) chamada Restart. Rapidamente, viraram uma febre nacional, com músicas voltadas para o público jovem e crianças, e com roupas coloridas, que facilmente se tornaram moda.
     Causaram alvoroço na sociedade, pelo jeito estrovertido, irreverente e polêmico de agir. Isso atingiu muitas pessoas, que faziam de tudo para se parecer com os membros da banda.
     O fato de ter se tornado sucesso não me preocupa nem um pouco, pois o espaço está aí e pode ser usado por todos. Muitas vezes não é competência, nem talento que os colocaram em determinado lugar, mas sim sorte. O que me preocupa mesmo é que toda essa cultura implica muito no consciente das pessoas, tornando-as sem personalidades e fáceis de ser manipuladas pela mídia. Somente quem não quer ver, não vê, que tudo isso é uma bela jogada de Marketing. A produção cresce, a economia cresce.
     A criação de produtos, vestuários, levam a população de um país a loucura atrás da moda do momento. Nas ruas, por onde se andava, se via um carnaval de roupas coloridas e pessoas como se fossem fantoches, agindo conforme a regra do momento, ou como se diz, dançando conforme a música.
     Fiz uma citação no início de um familiar. É hipocrisia achar que essa realidade é distante, que não acontece com pessoas próximas. Não mesmo, está por toda parte, onde quer que se vá, pode-se ver pessoas sem criatividade, sem personalidade, agindo de forma boba, por causa disso. Pessoas fazem loucuras para se aproximarem de seus ídolos.
   A indiferença em relação à família é lamentável, quando você pergunta para uma criança/adolescente se ele prefere passar o dia com sua família ou ir ao show do Luan Santana.
     No ápice da ignorância, tem pessoas que acham que essas bandas ou cantores são bons músicos  entendem mesmo da arte. Essa é uma prova de que coisas como essas influenciam a sociedade. Não defendo minhas teses com qualquer argumento. Esses dias em meu trabalho, a mulher que trabalha comigo diz gostar de tais músicas, então perguntei à ela, o por quê dela gostar, a resposta foi um incrível “ NÃO SEI ”.
     Sinceramente, tem que ser muito ignorante para não acreditar que tais conspirações que envolvem a música, não mexam com o emocional do indivíduo.
     Espero não ter generalizando, nem sido preconceituoso, pois uso a razão, meu ser racional, para escrever com o coração, usando meu emocional. Para mim é impossível ser diferente, pois sou musico, respiro música, e fico triste ao saber que a arte que aprecio tanto é usada para fins tão banais como os que citei no decorrer do desenvolvimento do trabalho.

MÚSICAS OFENSIVAS E DESRESPEITOSAS, PALAVRAS DE BAIXO CALÃO.
     Onde está o bom censo? Esses tempos, em uma conversa de meu sobrinho de 2 anos com sua mãe, ele falava à ela o por quê gostava de músicas com palavras de baixo nível, e ainda mais, dançava e descia até o chão. Pode até parecer engraçado, bonitinho, pois talvez ele não entenda a maioria das palavras que compõe músicas assim. Eu não acho.
     Em um jornal da Record News, que se passa por volta da meia noite, presenciei uma matéria assustadora do dia a dia de uma favela no Rio de Janeiro. Se você acha que conhece a realidade de uma favela, se engana, pois a mídia não mostra tudo que você quer ou até mesmo deveria ver; nessa favela a música é usada como meio de comunicação entre facções criminosas, até mesmo dentro da cadeia. Através do Funk, são criadas letras de reverência aos líderes das facções, com nomes de gangs, ameaças de morte, e o mais incrível é que a polícia não pode fazer absolutamente nada.
     Minha irmã e meu cunhado vivem em lugar em que a realidade não é igual a favela que citei, mas eles conhecem traficantes, e meu sobrinho está sempre brincando com as crianças da família desses criminosos. Toda essa cultura disseminada pelo Funk de periferias é preocupante, pois a música está em extremo contato com a criminalidade, uso de drogas, prostituição. Não pense que isso acontece somente em favelas, não mesmo, tem muito rico por aí, filhinho de papai que se envolve com isso através do Funk também. Não é relativo, o Funk do século XXI no Brasil, tem sim muita responsabilidade nos atos de muitos jovens hoje em dia.
     O desrespeito também está implícito na maioria das letras de Funk hoje em dia. Esses dias me deparei ouvindo uma música com estes versos: “ Esfrega, esfrega, esfrega a XANA no asfalto”. Comecei esse texto com a frase  “Onde está o bom censo?”, sinceramente já se perdeu faz tempo. Chega ser engraçado, quando fico pensando o que leva uma mulher ir ao um baile Funk, e dançar esta música pornográfica, que é totalmente machista e desrespeitosa?
     Que ironia  logo as mulheres, que até o governo de Getúlio Vargas, ainda lutavam pelo direito ao voto, e direitos iguais em relação aos homens. Com certeza, a maioria das mulheres que nesses tempos passados lutavam por seus direitos já morreram, pois se estivessem vivas, sentiriam vergonha da falta de amor próprio das mulheres de nossa geração.
     Quando uma mulher é abusada em um baile Funk, ela vai a televisão, esconde a cara com efeitos de imagem, mudam a voz, para falar sobre o assunto. A maioria estava rebolando e se prostituindo na noite passada, se esfregando em um qualquer, ou fazendo coisas piores, por vontade própria, sem ser obrigada. Como diz a bíblia sagrada “ você vai colher o que plantar”. Não estou sendo machista e sou totalmente contra a violêcia à mulher, só estou sendo realista e usando meu bom censo.
     O Funk deveria ser usado para compartilhar da cultura de moradores de favelas, deveria ser usado para reinvidicar seus direitos, protestar conta o governo, que esquece a favela, e não para espalhar sacanagem e criminalidade através da música. Não quero generalizar, pois existe muita gente de bem que mora nesses lugares.
     Que se preserve o bom censo. Que se use a música para o bem, pela arte e pela cultura. Seria bom se pudéssemos voltar aos tempos de James Brown, com seus gritos extremamente agudos, voltarmos ao início do Funk, as suas raízes.
 Felipe da Rosa
21:00 do dia 07 de dezembro de 2012
            

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